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terça-feira, 17 de julho de 2012

Crise de 29 - Grande Depressão

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com a economia enfraquecida e retração do consumo, o que abalou a economia mundial. Os EUA lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados para os países aliados no período pós-guerra. Como resultado disso, entre os anos de 1918 e 1928 a produção americana cresceu demais. Havia emprego, os preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito. Porém, a economia europeia se re-estabeleceu e passou a importar cada vez menos dos EUA, consequentemente os americanos ficaram sem ter para quem vender. Havia mais mercadoria do que consumidores; os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou.
A queda dos lucros, a retração da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na quebra da bolsa de valores. A crise de 29 foi uma crise de superprodução.
O desemprego enfraquece mas ainda o mercado consumidor e o comércio mundial é paralisado. Isto não ocorre só nos EUA, mas no mundo todo. Fábricas vão à falência, a miséria e o desespero se instalam em todos os setores da população.

Medidas de contenção da crise
As primeiras medidas para conter a crise a espalhou para outros países, Europa principalmente, que em reconstrução, dependia da economia americana. Esse quadro se estende até quase a Segunda Guerra Mundial.

New Deal
Para solucionar o problema, tiveram que ser feitas modificações na política econômica em vários países, visando combater a crise. Nos EUA,quado Roosevelt foi eleito (1932), as medidas começaram a surtir efeito.
A situação foi se modificando através de uma série de reformas antiliberais e intensa intervenção do estado na economia. Esse conjunto de reformas foi chamado "New Deal" (novo acordo) e se baseava na proposta do inglês John Maynard Keynes:
  • Empréstimos ilimitados aos bancos para que pudesse disponibilizar crédito controlado àqueles que tivessem em dificuldade;
  • Pagamento de uma indenização aos fazendeiros para cobrir os prejuízos com a queima do excesso de produção; com a finalidade de equilibrar a oferta de produtos, fazendo os preços subirem;
  • Controle da jornada de trabalho, fixando um salário mínimo; proibição do emprego de crianças e das horas extras;
  • Legalização dos sindicatos para que pudessem negociar contratos coletivos de trabalho;
  • Promoção de um amplo programa de obras públicas (estradas, barragens, casas) para empregar em massa os desempregados;
  • Ampliação e estatização do sistema de previdência social; governo passa a dar amparo ao trabalhador em caso de invalides, velhice e desemprego;
  • Controle severo sobre os preços dos produtos; cobrança de taxas sobre bebidas e sobre outros supérfluos.

Essas medidas levaram a criação do Estado, que se caracterizava pela promoção do bem estar social.

Conclusão
A crise havia atingido a todos, além dos EUA, Europa, Ásia e até África.
O Brasil, que tinha sua produção centrada no cultivo do café, não resistiu ao ver sua mercadoria apodrecer por falta de comprador e pelos preços defasados. Como a economia brasileira era dependente desse produto, também foi afetada.
Na Europa, os países desesperados para se safarem tomaram várias medidas. Alguns, como Alemanha e Itália, adotaram regimes autoritários para implementarem medidas impopulares. A confusão provocada pela crise criou na Europa o clima responsável pelo começo da Segunda Guerra Mundial.


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