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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Vinda família Real para o Brasil

Embarque da família real para o Brasil no porto de Belém

A família real portuguesa veio para o Brasil em 1808, fugindo da guerra causada pelo francês Napoleão Bonaparte na Europa. As tropas de Napoleão avançavam em direção a Portugal, devido ao fato de que o país decidiu não aderir ao chamado "Bloqueio Continental", o que fecharia seus portos para a Inglaterra.
O Bloqueio Continental foi um decreto napoleônico que proibia todos os países europeus de comercializarem com a Inglaterra. Napoleão acreditava que poderia dominar os ingleses através do enfraquecimento e sua economia. Portugal, por sua vez, se manteve fiel à Inglaterra e não fechou seus portos, o que causou a invasão das tropas de Napoleão ao país.


terça-feira, 22 de abril de 2014

Cubismo no Brasil - Tarsila do Amaral

O Abaporu, pintura mais famosa de Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral (1886 - 1973) foi uma pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Começou a aprender pintura em 1917.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Iluminismo




O Iluminismo foi um movimento revolucionário, político, filosófico, econômico e cultural, ocorrido na segunda metade do século XVIII na Europa; século este que passou a ser reconhecido como o "Século das Luzes".
Os pilares que sustentaram esse movimento foram: liberdade, igualdade e fraternidade.
Para os iluministas, o homem era bom naturalmente, sendo corrompido aos poucos pela sociedade. Os pensadores dessa época acreditavam que se todos vivessem em uma sociedade mais justa, a felicidade seria alcançada facilmente.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Resenha do filme "O Pianista"


O Pianista se passa em Varsóvia, na Polônia, onde de fato houve o maior número de judeus mortos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, de 1939 à 1944.
Em torno da história verídica de um pianista judeu polonês, o filme relata exatamente a forma com a qual os nazistas os eliminavam.
Szpilman, personagem central da história, é obrigado a se retirar da cidade junto com toda a sua família e outros milhares de judeus poloneses a caminho de um bairro construído pelos nazistas, que os isolava do resto da população não judia de Varsóvia. Nesse bairro foi construído um muro para evitar que os judeus tivessem acesso ao resto da cidade.


Antes disso, os judeus já eram bastante discriminados pelo alemães. Era proibida a entrada dos mesmos em parques, restaurantes e até em determinadas ruas. Até o banheiro que frequentavam não era utilizado pelos alemães, já que consideravam o povo judeu como um "povo sujo".
Para que fossem facilmente identificados, os nazistas impuseram aos judeus o uso de uma faixa branca no braço com uma estrela de David estampada em azul.
De dentro de sua casa, no bairro judeu, o pianista presenciou uma das cenas mais chocantes de sua vida: um homem aleijado ser atirado da janela de sua casa abaixo. O motivo? Ele não ter se levantado quando os soldados de Hitler adentravam em sua residência e ordenaram que todos ficassem de pé. Todos se levantaram, menos ele, já que era cadeirante. Os nazistas logo trataram de jogá-lo pela janela, em seguida mataram todo o resto de sua família.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A Revolução Russa


Podemos definir a Revolução Russa como o movimento social ocorrido na Rússia, em 1917, que levou ao poder pela primeira vez na história a classe operária, implantando o socialismo de Karl Marx.

Contexto histórico
No início do século XX, o povo russo ainda era governado por um Czar. Nicolau II era um imperador com poderes ilimitados, cuja monarquia se pautava no direito divino dos reis, apoiado pela igreja Ortodoxa.
A Rússia concentrava a maior população da Europa, sendo a maioria trabalhadores rurais. Os preços das terras era muito elevado e os camponeses não tinham condições de adquiri-las. As atrasadas técnicas agrícolas acabaram desencadeando a fome e as revoltas. A classe operária vivia e trabalhava em condições precárias, tendo jornada de trabalho extensiva, de até 14 horas por dia e sem nenhum direito trabalhista.
Os operários resolvem lutar por melhores condições trabalhistas; surge o Partido Operário Social Democrata (POSD), cujos líderes Lênin e Trotsky, incentivaram a classe operária.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Primeira Guerra Mundial

Ocorre entre os anos de 1914-1918, tendo suas raízes no final do século anterior.
Na preparação da Primeira Grande Guerra participaram as principais potências imperialistas, que tinham como objetivo a repartição do mundo, com o intuito de garantir matéria-prima, mão de obra e mercado consumidor para sua produção industrial.
A Inglaterra dominava os mercados, seguida pela Alemanha. Para facilitar o transporte de petróleo do golfo pérsico aos mercados Ocidentais, o governo da Alemanha projetou a construção de uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá. Os ingleses se opuseram a esse projeto pois traria dificuldades para o comércio do país com suas colônias.

Política de Alianças
Devido a assinatura de acordos político-militares, os países europeus se dividiram nos blocos políticos que conduziram a Primeira Guerra Mundial, sendo eles:
  • Tríplice Aliança - liderada pela Alemanha, composta também pela Áustria e Itália (que posteriormente troca de bloco);
  • Tríplice Entente - liderada pela França, composta por Inglaterra, Rússia e EUA (a partir de 1917).
Política armamentista em defesa da " Paz Armada"
No começo do século XX, os países ricos europeus propugnavam pela paz. Mas, ao mesmo tempo, estimulavam a indústria de armamentos e recrutavam cada vez mais civis para aumentarem seus contingentes militares. O militarismo crescia e a possibilidade de acordos para manutenção do equilíbrio entre as nações se tornava cada vez mais difícil. A disputa pela supremacia e os focos de tensão já existentes conduziram os países da Europa à corrida armamentista.

Crise dos Bálcãs
A crise dos Bálcãs ocorreu devido ao aumento da rivalidade entre a Áustria-Hungria e a Sérvia, devido ao império Austro-Húngaro ter anexado dois Estados eslavos ao seu território, impedindo a formação da Grande Sérvia, que visava obter uma saída para o mar Mediterrâneo.
Durante essa crise ocorre o estopim que desencadeia a Primeira Guerra: o arquiduque Francisco Ferdinando, futuro governante do império Austro-Húngaro, e sua esposa são assassinados em uma visita a Sarajevo, na Bósnia. Um mês após, os austríacos declaram guerra à Sérvia, que conta com apoio da Rússia.
Devido a política de alianças, o conflito nos Bálcãs acaba envolvendo países europeus. A Itália entra na guerra a lado da Entente, mudando de lado devido a promessa da Inglaterra de lhe conceder os territórios irredentos, que não conseguiram conquistar da Áustria desde o período de unificação.
O Japão adere aos Aliados, interessado nas possessões alemãs no Oriente.

Mapa da Europa antes da Primeira Guerra

Fases da Guerra

    1. Guerra de Movimentação dos Exércitos:
As forças em conflito apresentam um certo equilíbrio. Durante essa fase, a Inglaterra decreta o bloqueio naval à Alemanha e aos seus aliados. Enquanto isso, a França conseguia deter o avanço alemão sobre Paris, na Batalha do Marne.

    2. Guerra das Trincheiras (1915-1917):
Os avanços são poucos, os países aliados tratavam de garantir suas posições estratégicas. A indústria armamentista cresce e novos recursos tecnológicos bélicos dão utilizados, como submarinos e aviões. Tanques e metralhadoras são utilizados em grande quantidade.
 
    3. Guerra de Movimentação - 2a parte (1917-1918):
Nessa fase ocorrem mudanças significativas na posição dos países aliados, que definiram o fim da guerra. A Rússia se retirou do conflito devido à Revolução Socialista que ocorria no país; os Estados Unidos entram no conflito ao lado da Entente.
Com a saída da Rússia, a Alemanha e o Império Austro-Húngaro puderam lançar toda a sua ofensiva contra a França. Reagindo a essa ameaça, os Aliados enviaram uma maciça ajuda militar aos franceses, o que fez com que as tropas alemãs recuassem. Era o princípio do fim da guerra.

Armistício de Compiègne
Tratado assinado entre os Aliados e a Alemanha, em novembro de 1918, onde os alemães foram obrigados a desocupar o território ocidental europeu, a entregar o armamento bélico pesado, libertar os prisioneiros de guerra e pagar indenizações.

A Conferência de Paris
Reunião das potências vencedoras da guerra com intuito de impor penas pesadas aos derrotados. Dentre os tratados assinados durante essa conferência, o mais importante deles é o Tratado de Versalhes. Nele a Alemanha é considerada a única responsável pela eclosão da guerra, sofrendo duras penas. O Tratado de Versalhes obrigou a Alemanha a:
  • Entregar suas colônias e vários outros territórios alemãs na Europa, dentre eles: Alsácia-Lorena, restituída à França; o Porto de Danzig; e o Corredor Polonês, o que dividiu a Alemanha em duas partes;
  • Entregar a maioria dos navios bélicos à França, Bélgica e Inglaterra;
  • Reduzir seu exército a apenas 100 mil homens;
  • Desmilitarizar a região da Renânia, limítrofe entre Bélgica e França, cujo objetivo era evitar possíveis agressões;
  • Indenizar os aliados da Entente, já que foi considerada a única responsável pela guerra.
As severas condições impostas por esse tratado leva a Alemanha a uma crise econômica, o que possibilitou o surgimento e ascensão do movimento nazista, que defendia o nacionalismo extremado, levado as últimas consequências. Enquanto isso, crescia a indústria bélica. A Alemanha se transformou num barril de pólvora, o que culminou na Segunda Guerra Mundial anos depois, com a ascensão de Hitler ao poder.

Consequências da Primeira Guerra
  • A Europa perdeu 10 bilhões de pessoas e ficou com 40 milhões de inválidos;
  • O desemprego se acentuou nos países europeus;
  • Os campos destruídos afetaram a produção agrícola. Portos e estradas arrasados prejudicaram o comércio e as cidades ficaram arruinadas;
  • Aumentou a participação de mulheres no mercado de trabalho;
  • O liberalismo econômico foi abalado;
  • Houve avanço de ideias socialistas; avanço e fortalecimento do nacionalismo;
  • Os Estados Unidos se tornaram a primeira potência mundial, com a eminente decadência econômica europeia;
  • O Império Britânico entrou em declínio; 
  • Os impérios aristocráticos desapareceram: Austro-Húngaro, Alemão, Russo e Turco; casas reais da Áustria e Alemanha caíram;
  • Houve um surto de industrialização no Brasil;
  • Nova corrida armamentista;
  • Sentimento de revanchismo alemão devido as punições impostas pelo Tratado de Versalhes, ampliado pelo nazismo, o que culminou na Segunda Guerra Mundial. 

Mapa da Europa após a Primeira Guerra.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

O Renascimento

O Renascimento foi um movimento artístico-cultural ocorrido na Europa, durante os séculos XV e XVI, em decorrência do desenvolvimento econômico.Foi um movimento burguês, de renovação cultural, que passou a adotar o homem como o centro dos acontecimentos.Teve início na Itália, posteriormente espalhando-se por outros países. Era protegido e patrocinado pela burguesia e realeza, que possuíam recursos suficientes para bancarem as atividades artísticas. A burguesia começou a construir grandes palácios, decorados por escultores e pintores que interpretavam as aspirações da classe burguesa em suas respectivas obras.

Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli

Características Renascentistas
  • Antropocentrismo: o homem passa a ser a medida de todas as coisas; oposição ao teocentrismo medieval, deslocando Deus no centro do universo.
  • Classicismo: valorização da literatura, língua e artes da era clássica, latim e grega, que serviam como inspiração aos artistas renascentistas.
  • Naturalismo: representação das coisas e objetos da forma mais fiel possível a sua natureza, não levando em consideração estilizações ou conceitos já existentes sobre os mesmos.
  • Humanismo: movimento intelectual e literário que buscava a valorização do homem, a partir da tradição clássica antiga grego-romana.
Fundamentos humanistas 
  • Valorização do homem: o homem era protagonista da sua própria história, uso do livre-arbítrio.
  • Razão frente à revelação: uso do raciocínio lógico e do método da experimentação para atingir o conhecimento pleno.
  • Inspiração na tradição clássica grego-romana: uso de textos e dos princípios artísticos clássicos como modelo de produções.
  • Criticismo: defesa da liberdade do homem, através da leitura crítica da realidade social, cultural e histórica.
Principais humanistas
Dentre os humanistas, destacaram-se:
  • Dante Alighieri: autor da "Divina Comédia", onde retrata uma viagem ao Inferno, ao Purgatório, até chegar ao Paraíso;
  • Thomas Morus: autor da "Utopia", onde imagina uma organização sociopolítica ideal.
  • Petrarca: autor do poema épico " De África", que aborda sobre a Segunda Guerra Púnica.
  • Erasmo de Roterdã: autor do "Elogio da Loucura", que crítica os excessos da sociedade, como o fanatismo, superstições e abusos do clero. Propôs a reforma da Igreja Católica; defendia a liberdade do pensamento e a tolerância.
  • Nicolau Maquiavel: um dos principais humanistas da época renascentista, poeta, pensador, diplomata e político. Autor de "O Príncipe", que expõe e analisa os fundamentos do Estado moderno. Em sua obra, o personagem central tinha permissão de usar qualquer artifício para conseguir obter os resultados que desejava para seu Estado. Daí então, surge a frase: "Os fins justificam os meios", logo, ele poderia utilizar qualquer meio para conseguir impor sua autoridade.
O Renascimento Italiano nas artes
Na cidade de Florença, no início do século XV, arquitetos como Filippo Brunelleschi, defendiam que a primeira qualidade do homem é a inteligência. Além da arquitetura, Brunelleschi trabalhou como escultor ao lado de Donatello, indo até Roma para estudar monumentos antigos. Projetou a cúpula do Batistério de Santa Maria del Fiori, em Florença.
Donatello foi um escultor italiano e em suas obras notam-se o monumentalismo, o individualismo e a expressão psicológica.
Sandro Botticelli fica marcado por sua gloriosa representação do "Nascimento de Vênus", e encerra a escola pictórica de Florença.
No século XVI, artistas de Florença inauguraram uma nova tendência artística em Roma. A arte perde o ar de leveza e simplicidade, se transformando em obras luxuosas.
Leonardo da Vinci e Michelangelo, ambos florentinos, também foram para Roma. Da Vinci preocupou-se com novas técnicas de pintura, retratadas brilhantemente na "Santa Ceia" e na "Mona Lisa" (Gioconda).

Mona Lisa de Leonardo da Vinci

Michelangelo, por sua vez, se imortalizou na pintura com a decoração do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Suas esculturas de Moisés, David e Pietá, também deixaram um legado único para a humanidade.

Teto da Capela Sistina - Vaticano

O Renascimento se expande na Europa
Nos países europeus os principais artistas renascentistas que mais se destacaram foram:
  • Portugal - Luís Vaz de Camões, com a epopeia portuguesa " Os Lusíadas"; Gil Vicente, com "Auto da Alma" e "Barca do Inferno".
  • Inglaterra - William Shakespeare, dramaturgo imortalizado com obras como "Romeu e Julieta", "Macbet", "Hamlet", "Otelo", entre outras.
  • Alemanha - Jan Van Eyck, autor da tela " O casal Arnolfini", com perfeitos efeitos de simetria, detalhes e cores, representando o real de forma impressionante.
  • Espanha - Miguel de Cervantes, autor de "Dom Quixote de la Mancha"; pintores Velasquez, autor de "As Meninas", e El Greco, autor de "O enterro do Conde de Orgaz".
  • França - Rabelais, autor de "Gargântua", e Montaigne, autor de "Ensaios".