Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli |
Características Renascentistas
- Antropocentrismo: o homem passa a ser a medida de todas as coisas; oposição ao teocentrismo medieval, deslocando Deus no centro do universo.
- Classicismo: valorização da literatura, língua e artes da era clássica, latim e grega, que serviam como inspiração aos artistas renascentistas.
- Naturalismo: representação das coisas e objetos da forma mais fiel possível a sua natureza, não levando em consideração estilizações ou conceitos já existentes sobre os mesmos.
- Humanismo: movimento intelectual e literário que buscava a valorização do homem, a partir da tradição clássica antiga grego-romana.
- Valorização do homem: o homem era protagonista da sua própria história, uso do livre-arbítrio.
- Razão frente à revelação: uso do raciocínio lógico e do método da experimentação para atingir o conhecimento pleno.
- Inspiração na tradição clássica grego-romana: uso de textos e dos princípios artísticos clássicos como modelo de produções.
- Criticismo: defesa da liberdade do homem, através da leitura crítica da realidade social, cultural e histórica.
Dentre os humanistas, destacaram-se:
- Dante Alighieri: autor da "Divina Comédia", onde retrata uma viagem ao Inferno, ao Purgatório, até chegar ao Paraíso;
- Thomas Morus: autor da "Utopia", onde imagina uma organização sociopolítica ideal.
- Petrarca: autor do poema épico " De África", que aborda sobre a Segunda Guerra Púnica.
- Erasmo de Roterdã: autor do "Elogio da Loucura", que crítica os excessos da sociedade, como o fanatismo, superstições e abusos do clero. Propôs a reforma da Igreja Católica; defendia a liberdade do pensamento e a tolerância.
- Nicolau Maquiavel: um dos principais humanistas da época renascentista, poeta, pensador, diplomata e político. Autor de "O Príncipe", que expõe e analisa os fundamentos do Estado moderno. Em sua obra, o personagem central tinha permissão de usar qualquer artifício para conseguir obter os resultados que desejava para seu Estado. Daí então, surge a frase: "Os fins justificam os meios", logo, ele poderia utilizar qualquer meio para conseguir impor sua autoridade.
Na cidade de Florença, no início do século XV, arquitetos como Filippo Brunelleschi, defendiam que a primeira qualidade do homem é a inteligência. Além da arquitetura, Brunelleschi trabalhou como escultor ao lado de Donatello, indo até Roma para estudar monumentos antigos. Projetou a cúpula do Batistério de Santa Maria del Fiori, em Florença.
Donatello foi um escultor italiano e em suas obras notam-se o monumentalismo, o individualismo e a expressão psicológica.
Sandro Botticelli fica marcado por sua gloriosa representação do "Nascimento de Vênus", e encerra a escola pictórica de Florença.
No século XVI, artistas de Florença inauguraram uma nova tendência artística em Roma. A arte perde o ar de leveza e simplicidade, se transformando em obras luxuosas.
Leonardo da Vinci e Michelangelo, ambos florentinos, também foram para Roma. Da Vinci preocupou-se com novas técnicas de pintura, retratadas brilhantemente na "Santa Ceia" e na "Mona Lisa" (Gioconda).
Mona Lisa de Leonardo da Vinci |
Michelangelo, por sua vez, se imortalizou na pintura com a decoração do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Suas esculturas de Moisés, David e Pietá, também deixaram um legado único para a humanidade.
Teto da Capela Sistina - Vaticano |
Nos países europeus os principais artistas renascentistas que mais se destacaram foram:
- Portugal - Luís Vaz de Camões, com a epopeia portuguesa " Os Lusíadas"; Gil Vicente, com "Auto da Alma" e "Barca do Inferno".
- Inglaterra - William Shakespeare, dramaturgo imortalizado com obras como "Romeu e Julieta", "Macbet", "Hamlet", "Otelo", entre outras.
- Alemanha - Jan Van Eyck, autor da tela " O casal Arnolfini", com perfeitos efeitos de simetria, detalhes e cores, representando o real de forma impressionante.
- Espanha - Miguel de Cervantes, autor de "Dom Quixote de la Mancha"; pintores Velasquez, autor de "As Meninas", e El Greco, autor de "O enterro do Conde de Orgaz".
- França - Rabelais, autor de "Gargântua", e Montaigne, autor de "Ensaios".
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